Bem, bem, bem, caro Senhor Ré, explico-lhe, pois: estive eu, durante toda a semana que passou, participando de um curso sobre Borges (entre segunda e sexta-feira), no Centro Municipal de Cultura, aos cuidados do, aliás, excelente Martin Cohan.
Eis que, no sábado pela manhã, um certo senhor de nome Ariel Schettini, subiu ao palco para palestrar sobre Manuel Puig. Intervenção, esta, sob o título de “O Anti Borges”. O presente desenho foi feito durante a palestra, enquanto eu, ao mesmo tempo, o escutava atentamente; e antes de eu ter de irromper, firme qual paçoca de concreto, em defesa do “maior de todos” (e, sim, Borges estava lá).
Dir-se-ia que um caderno preto nas mãos de um homem é como a marca de um solitário. Um solitário é aquele que registra coisas. Vaga por aí; vê; absorve como respira e, um dia, regurgita. Eu agora tenho um caderno preto. Ele anda sempre comigo. É um bloco de notas visuais. Apontamentos; regurgitações. Tudo o que se apresenta em suas páginas foi visto por mim; e registrado no ato. Ele é os meus olhos; a minha memória - quiçá, a minha consciência! Ou, ainda, sobretudo, uma possibilidade de sobrevivência.
"Costuma rezar uma vez por dia. Sua oração não é convencional; nem faz parte de uma religião. É uma parada para apreciar os detalhes de algo. De um pequeno todo. Um pequeno nada. Ao terminar, está livre mais uma vez. Todo dia liberta-se. Liberta-se um nada por dia."
2 comentários:
me conta, em segredo, onde deu-se, deste desenho, o inspiramento.
marcha ré
Bem, bem, bem, caro Senhor Ré, explico-lhe, pois: estive eu, durante toda a semana que passou, participando de um curso sobre Borges (entre segunda e sexta-feira), no Centro Municipal de Cultura, aos cuidados do, aliás, excelente Martin Cohan.
Eis que, no sábado pela manhã, um certo senhor de nome Ariel Schettini, subiu ao palco para palestrar sobre Manuel Puig. Intervenção, esta, sob o título de “O Anti Borges”. O presente desenho foi feito durante a palestra, enquanto eu, ao mesmo tempo, o escutava atentamente; e antes de eu ter de irromper, firme qual paçoca de concreto, em defesa do “maior de todos” (e, sim, Borges estava lá).
Segredo revelado: cá entre nós, por óbvio.
Há, se há!
8)*
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