domingo, 30 de agosto de 2009

Logo em seguida começa o seu voo. Sem se dar o menor tempo, agarra-lhe pela cintura e sai voando pelo cômodo. Imagina a sua mão, a dela. Alva. As longas unhas em carmim. Voa, sobrevoa, mergulha. Voa, sobrevoa mergulha; voa sobrevoa mergulha, voasobrevoamergulha. Alça-se aos céus por alguns instantes... arqueja. Pousa sobre o solo e bate o pé. O solo se fende e ela submerge com ele por distintos momentos; escorre; sem que consiga discernir mais nada. Olha para ela, ainda nua, amarrada a si e com fluido pelos flancos. Os olhos marejados. Ofegantes, os dois; cobrem-se com um manto de mil e uma noites.

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